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O phishing é uma das táticas mais comuns usadas por criminosos para cometer golpes na Internet. O nome vem da língua inglesa fishing, que significa pesca, e foi adotado porque as vítimas eram “fisgadas” por mensagens ou e-mails fraudulentos. Os golpistas costumam usar perfis de mídia social para escolher seus alvos, mas isso não significa que os usuários de outras plataformas estejam seguros.
Jefferson Souza, 31, que mora na capital paulista, foi vítima de mais um golpe de phishing no Tinder. Ele disse que baixou o aplicativo há cerca de 20 dias e estava conversando com alguém que pediu seu número de celular. Ele aceitou o pedido e enviou o contato, apesar de suspeitar que poderia ser muito arriscado.
No dia seguinte, ele recebeu uma mensagem se passando por um funcionário do Tinder, pedindo a confirmação de um código de oito dígitos enviado a ele por mensagem de texto.
Quando recebi a mensagem, percebi imediatamente que era uma farsa”, disse Jefferson, que já teve incidentes semelhantes no passado. “Então meu primeiro instinto foi bloquear o número e excluir a conversa.
Para Arthur Igreja, tecnólogo e professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) do Rio de Janeiro, as vítimas tomaram a decisão certa ao presumir que as mensagens de uma suposta empresa eram fraudulentas, principalmente as enviadas pelo WhatsApp.
“Neste caso, o Tinder é apenas uma desculpa”, disse o especialista. “O criminoso está tentando acessar algumas plataformas – de redes sociais a aplicativos bancários – que exigem autenticação de dois fatores. Ele pode ter digitado algumas senhas e a plataforma enviou à vítima um código de autenticação para que ela pudesse confirmar que era ela mesma.”
Church ressalta que, uma vez que uma pessoa clica em um link malicioso ou segue as ordens de um criminoso, ela cai no golpe e perde o controle sobre o que pode acontecer lá.
Embora Jefferson tenha dado aos golpistas seu número de telefone celular, existem duas outras maneiras pelas quais os criminosos podem obter essa informação de alguém. A primeira é por meio de uma violação de dados – somente em fevereiro, uma violação de segurança expôs as informações pessoais de mais de 100 milhões de brasileiros. O segundo cenário ocorre quando o telefone de alguém próximo à vítima é roubado ou roubado. Isso porque, em alguns casos, os criminosos têm acesso a catálogos de endereços.
Acompanhando o R7, o Tinder disse que “leva a segurança de seus membros muito a sério e lamenta saber que alguém foi vítima de golpes dentro e fora do aplicativo enquanto buscava conexões reais”. são “completamente via redes sociais oficiais ou e-mail (através de um endereço que termina em @gotinder.com)”. Por fim, ele aconselha os usuários a não aceitarem ajuda de canais e/ou fontes não oficiais da empresa.
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